Bulbos que Nunca Devem Ser Plantados em Vasos – 6 Espécies que é Melhor Manter Fora de Exibições em Vasos

Ao planejarmos vasos cheios de flores para a primavera, é comum querer encher cada espaço com os mais variados bulbos, mas é preciso cuidado: algumas espécies simplesmente não se adaptam bem ao cultivo em recipientes. Alguns bulbos de flores da primavera ou do verão podem ser grandes ou altos demais para crescerem bem em vasos.

Na hora de escolher os bulbos para plantio em vasos, é importante saber quais evitar, seja pelo tamanho, seja pela tendência de se espalharem com vigor. Imagine um bulbo que cresce até quatro ou cinco pés de altura – ele deixaria qualquer vaso pequeno muito instável e propenso a tombar. Além disso, espécies invasivas, com raízes vigorosas que se espalham rapidamente, podem escapar dos vasos e se alastrar pelo jardim, invadindo bordas e canteiros de forma difícil de controlar.

Depois de plantar milhares de bulbos ao longo dos anos, tanto no Reino Unido quanto na Itália, aprendi na prática quais funcionam e quais podem causar problemas nos vasos. Embora a lista dos bulbos a evitar seja pequena, comparada à variedade que cresce bem em recipientes, fazer uma pesquisa cuidadosa antes de plantar pode poupar dores de cabeça no futuro. Compartilho aqui tudo o que aprendi sobre os erros mais comuns no plantio de bulbos e as espécies que é melhor manter fora do seu jardim.

6 Bulbos que Nunca Devem Ser Plantados em Vasos

Independentemente de onde você mora ou da sua zona de rusticidade, o outono e o inverno são as épocas perfeitas para planejar e plantar bulbos que florescem na primavera. E, embora aqueles dias quentes de maio e junho pareçam distantes, dedicar um tempinho agora para o plantio garante um jardim cheio de cores e aromas na próxima estação.

No entanto, nem todos os bulbos são adequados para o cultivo em vasos. Abaixo, compartilho uma lista dos bulbos que você deve evitar plantar em recipientes, junto com algumas sugestões de espécies que vão se sair muito melhor nesse tipo de ambiente.

1. Camassia

A Camassia leichtlinii é um bulbo que impressiona pela beleza de suas flores altas e em forma de pirâmide, perfeitas para criar um “mar de flores” quando plantadas em grande quantidade. Conheci de perto o efeito espetacular da camassia ao cuidar de prados naturais no sul do País de Gales – suas flores não apenas encantam o olhar como também atraem polinizadores. Porém, quem já cultivou camassia sabe que esses bulbos precisam de espaço para se expandirem e se desenvolverem plenamente.

Originária das montanhas do Noroeste do Pacífico, a camassia se adapta melhor a locais abertos e úmidos, sem muito manuseio. Além disso, é preciso deixar a folhagem secar e amarelar naturalmente antes de podar, o que permite ao bulbo armazenar toda a energia de que necessita para o próximo ciclo. Esse detalhe torna o cultivo em vasos menos viável, já que a folhagem amarelada pode comprometer a aparência dos arranjos.

Com a minha experiência, recomendo manter a camassia fora dos recipientes e optar pelo plantio em áreas abertas e úmidas, mas com boa drenagem. Em um prado ou jardim espaçoso, a camassia mostrará seu verdadeiro esplendor!

2. Allium Gigante

O gênero Allium conta com cerca de 750 espécies, espalhadas pelo Mediterrâneo, Oriente Médio, Ásia e América do Norte. Além das famosas hortaliças como cebola (Allium cepa), alho (Allium sativum) e cebolinha (Allium schoenoprasum), há muitas variedades ornamentais, conhecidas como “alliums ornamentais”. Esses alliums são populares nos canteiros e arranjos de jardim.

Segundo Drew Swainston, ex-jardineiro profissional e editor de conteúdo de jardinagem da Homes & Gardens, “há muitas variedades de allium para escolher ao cultivar flores no jardim, desde espécies anãs de apenas 20 cm até as que atingem quase dois metros de altura, com diferentes cores e formatos.”

Drew ressalta que uma variedade a ser evitada nos vasos é o Allium giganteum, ou gigante allium. Com até mais de um metro e meio de altura, ele exige recipientes grandes, além de resultar em vasos desequilibrados que podem tombar com o vento ou a chuva.

No lugar do gigante, uma opção mais adequada para vasos é o Allium ‘Millennium’, que cresce entre 30 e 60 cm, ou o Allium moly, conhecido como alho dourado, que exibe flores amarelas vibrantes e atinge até 25 cm.

3. Alho-mel-siciliano

O alho-mel-siciliano (ou Allium siculum, sinônimo Nectaroscordum siculum) é um queridinho dos jardineiros apaixonados por paisagens naturais. Esse bulbo perene forma cachos pendentes de flores listradas, em forma de sinos, criando um efeito exuberante quando plantado em grandes bordas ou prados.

Nativo das regiões montanhosas ao redor dos mares Egeu, Negro e Mediterrâneo, o alho-mel-siciliano prospera em climas quentes e pode ser cultivado em zonas de rusticidade 5 ou superiores. No entanto, essa espécie se multiplica rapidamente por sementes, transformando alguns poucos bulbos em grandes colônias com o passar do tempo. Esse comportamento é encantador em jardins amplos, mas em espaços menores pode rapidamente se tornar invasivo. Mesmo em vasos, é comum que ele se espalhe e invada o restante do jardim.

Em vez de arriscar o alho-mel-siciliano em recipientes, recomendo optar por variedades menores e igualmente impressionantes, como o Muscari ‘Valerie Finnis’, com suas flores azul-claro que trazem um charme sutil a qualquer espaço.

4. Estrela-de-belém

Incluir a estrela-de-belém (Ornithogalum umbellatum) nessa lista não é fácil para mim. Trabalhando como jardineira em uma propriedade na Toscana, lembro-me das caminhadas por uma área arborizada onde, na primavera, o chão se enchia dessas flores brancas delicadas, criando um contraste encantador contra o verde das folhagens.

Porém, como o alho-mel-siciliano, essa espécie se espalha com vigor e é considerada invasiva em várias regiões dos Estados Unidos. Depois de estabelecida, a estrela-de-belém tende a se multiplicar, ocupando bordas e canteiros e competindo com plantas nativas. Por isso, é classificada como invasiva em estados como Wisconsin, Tennessee, Virgínia, Kentucky, Maryland e Pensilvânia. Em vasos, pode ser difícil conter sua expansão, e em regiões mais amenas ela se espalha ainda mais rapidamente.

Evite cultivar a estrela-de-belém em recipientes para impedir que ela tome conta dos canteiros ao redor e, eventualmente, do próprio jardim.

5. Coroa-imperial

“As fritilárias são flores únicas e elegantes que acrescentam um toque especial a qualquer borda ou canteiro,” afirma Reese Robbins, especialista em jardinagem e criadora do Just Pure Gardening. “Com suas flores em forma de sino, elas podem ser encontradas em tons variados, de roxo intenso e vermelho a brancos cremosos.”

Uma das espécies mais impressionantes é a Fritillaria imperialis, ou coroa-imperial. Colorida e majestosa, essa planta tem bulbos do tamanho de um punho, com diâmetro entre 5 e 10 cm, e cresce até quase dois metros de altura. Em vasos pequenos, essa espécie facilmente desequilibra e pode tombar com vento ou chuva. Além disso, a coroa-imperial possui um odor característico, descrito por muitos como semelhante ao de um gambá – o que a torna mais indicada para canteiros ao fundo do jardim do que para vasos próximos à entrada.

Em vez disso, para vasos, a sugestão de Reese é a Fritillaria meleagris, conhecida como fritilária-cabeça-de-cobra. Com flores quadriculadas em tons de roxo e branco, essa espécie mais baixa se adapta bem aos recipientes, permitindo que você aproveite essas flores únicas em áreas como pátios ou varandas.

6. Jacinto-do-campo-espanhol

Não importa onde você esteja, seja no Reino Unido, nos Estados Unidos ou em outra parte do mundo, o jacinto-do-campo-espanhol (Hyacinthoides hispanica) é um bulbo perene e vigoroso que recomendo evitar. Suas flores lilases ou azuis ficam lindas quando formam um tapete florido em áreas de floresta, mas essa espécie é incrivelmente invasiva e, uma vez no jardim, espalha-se rapidamente.

Embora você possa pensar que cultivar o jacinto-do-campo em um vaso ajude a contê-lo, essa planta encontra uma forma de escapar e acaba surgindo em diversas áreas do jardim. Minha dica: evite receber bulbos de bluebell ou pequenos tufos de amigos e familiares, a menos que tenha certeza da espécie.

Em vez de arriscar, considere outra espécie bulbosa que, sem ser invasiva, seja igualmente encantadora. Se você gosta de flores brancas, que tal adicionar flor-de-neve (Galanthus nivalis) às bordas do jardim? Essas flores delicadas são encantadoras e adicionam um charme sutil na paisagem.

Perguntas Frequentes

Quais são os melhores bulbos para cultivo em vasos?

A lista de bulbos adequados para vasos é bem maior do que essa de plantas a evitar. Entre os clássicos, encontramos os narcisos, jacintos e íris-anãs. Contudo, as tulipas são, talvez, a opção mais popular e impactante. Com uma variedade imensa, das tulipas de espécies às com bordas franjadas, é fácil encontrar uma cor e formato que se encaixe no seu gosto.

Independentemente de quais flores de primavera ou verão você escolha para os vasos, o armazenamento adequado é essencial. Sempre inspecione os bulbos ao recebê-los, verificando sinais de mofo ou podridão, e guarde-os em local fresco, seco e livre de pragas. Lembro-me de um ano em que perdi centenas de bulbos de tulipas para ratos famintos em apenas um fim de semana – cautela e vigilância ajudam a evitar perdas semelhantes!

Crédito: Conteúdo adaptado de Homes and Gardens .

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